Ansiedade infantil
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011As crianças são, por natureza, ansiosas. Todo pai sabe que vai ouvir mais de 20 vezes a pergunta sobre quanto tempo falta para acabar a viagem ou chegar o dia do aniversário. Mas às vezes a ansiedade passa dos limites.
É comum que uma menina de 11 anos pergunte quando vai ser uma festa. Não é comum que ela durma com um relógio e acorde durante a noite para checar quantas horas faltam. Isso é a ansiedade infantil que tem como principais sintomas a preocupação excessiva, o sofrimento por antecipação e a dificuldade em dormir.
Um levantamento feito pelo Centro de Atendimento e Pesquisa de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Santa Casa do Rio de Janeiro mostra que em dez anos o número de crianças com o transtorno, que é potencialmente grave, cresceu 60%. Em suas formas mais severas, a ansiedade pode afetar o raciocínio, a habilidade de tomar decisões, a percepção de seu ambiente, o aprendizado e a concentração.
É normal encontrarmos crianças com problemas comportamentais como ansiedade, fobia específica, medo exagerado, medo infantil e fobia infantil.
A fobia específica é uma espécie de medo acentuado, desmedido, excessivo e ocorre sempre na presença de um encontro com um objeto ou situação que causa ansiedade em um grau elevadíssimo, como por exemplo, ficar em casa sozinho, em que só de pensar a pessoa já se sente ansiosa, mesmo que isso não aconteça.
As fobias infantis estão ligadas a um temor injustificado e não racional, a seres, situações e objetos, cuja falta de lógica é reconhecida pelo indivíduo, mas que o domina repetidamente, tendo como consequência uma inibição no campo da ação e quase sempre no campo da representação.
Uma criança que se defronta com o objeto que lhe causa fobia, pode apresentar intensas reações de medo com alterações neuro-vegetativas que estão associadas a um estado de extrema tensão, por isso, as crianças procuram evitar tais situações e objetos que causem esta tensão, gerando uma limitação do seu tempo de ação por meio de esquivas de prevenção.
Estas esquivas têm o objetivo de eliminar o agente causador da fobia e da ansiedade, pois quando não se consegue evitar o agente causador a pessoa acaba fugindo e isso aumenta a tensão e pode aumentar a fixação fobogênica e ainda, o temor de futuras situações equivalentes, o que faz com que a criança procure correr perto dos pais ou de alguém que a faça se sentir protegida, podendo apresentar reações de desespero, choro, imobilidade, agitação psicomotora e até mesmo ataque de pânico.
Dentre as principais fobias específicas que acontecem na infância destacam-se as de pequenos animais, injeções, medo de fantasmas e monstros, altura e ruídos intensos, fogos de artifício, trovões e escuridão.
Ter medo é algo comum que acontece principalmente na infância e a única diferença é que as nossas fobias, quando nos tornamos adultos diferenciam-se dos medos normais da infância por serem reações excessivas, exageradas e não adaptativas e que normalmente fogem do controle da criança.
As crianças apresentam uma grande diferença em relação aos adultos quanto à manifestação da fobia específica, ou ansiedade, pois os adultos, assim como as crianças não conseguem controlar as suas reações perante aquilo que está lhe trazendo ansiedade, mas os adultos conseguem reconhecer que essa ansiedade é algo exagerado, ou mesmo absurdo, já as crianças não.
Para as crianças a ansiedade ou o pavor que sofrem diante de um inseto, por exemplo, ou um trovão é totalmente justificado, pois para elas é como se eles realmente oferecessem perigo a elas.
A ansiedade deve ser tratada quando os pais perceberem que a vida da criança, ou até mesmo dos adolescentes está ficando limitada, apresentando dificuldades e interferência em outras áreas de sua vida. Para o tratamento é indicada a terapia comportamental.
Fonte: http://www.dicasgratisbrasil.com
Filed Under :



0 comentários:
Postar um comentário