Ações de prevenção e promoção da saúde nos espaços de convivência do Programa Escola da Família. O Projeto é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Educação e se alinha ao compromisso deste órgão de privilegiar iniciativas que fortaleçam o bem estar social da comunidade intra e extraescolar, beneficiando a construção de um ambiente favorável à saúde, aprendizagem e qualidade de vida.

Dia Mundial da Água



Hoje, 22 de março, é o Dia Mundial da Água.

O evento é celebrado anualmente na mesma data para chamar a atenção do mundo sobre a importância da água doce e defender seu manejo sustentável.

Água para as cidades

Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1993, o evento aborda uma temática diferente a cada ano para promover várias ações sobre determinado assunto ao redor do mundo.

O tema deste ano é "Água para as cidades: respondendo ao desafio urbano".

O objetivo é incentivar governos, organizações, comunidades e indivíduos a participar ativamente na resposta ao desafio da gestão das águas urbanas.

O objetivo é alertar a população mundial sobre o impacto da rápida industrialização população crescimento urbano, e as incertezas provocadas pelas mudanças climáticas, os conflitos e as catástrofes naturais em sistemas urbanos de água.

Qualidade e sustentabilidade

O coordenador de recursos hídricos do Ministério da Ciência e Tecnologia, Sanderson Leitão, sustenta a importância da abordagem no País porque, embora o Brasil seja privilegiado em termos de disponibilidade hídrica, ainda há alguns obstáculos a serem superados para garantir o abastecimento desse bem à população e às atividades econômicas, com qualidade e sustentabilidade.

Leitão lembra que 85% da população brasileira vive nas cidades e que o crescimento econômico demanda mais água para consumo doméstico e industrial.

Para aprimorar e garantir o atendimento dessas demandas decorrentes do acelerado desenvolvimento do país, ele ressalta que é preciso ter uma gestão integrada da água, inclusive utilizando tecnologias de ponta, como a dessalinização de água do mar e o emprego de nanotecnologias no setor de saneamento e abastecimento.

Questão da água no Brasil exige conhecimento, recursos e políticas

"Tivemos avanços significativos nos investimentos para a área e, assim, evoluímos muito nos últimos anos, no entanto, precisamos investir ainda mais em pesquisa e desenvolvimento para que tenhamos métodos de irrigação mais eficientes, para que possamos priorizar o uso da água para fins mais nobres, como o consumo humano e ter mais água disponível para outros usos", defende.

Recursos Hídricos

As políticas e pesquisas direcionadas à área de Recursos Hídricos têm recebido maior apoio do governo nos últimos anos. Uma das estratégias de incentivo adotadas foi a utilização do Fundo Setorial de Recursos Hídricos (CT-Hidro), um dos 15 fundos administrados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), agência ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

O CT-Hidro financia a capacitação de recursos humanos, estudos e projetos na área para aperfeiçoar os diversos usos da água, de modo a assegurar o alto padrão de qualidade e a utilização racional e integrada.

Os recursos do fundo, no período de 2003 a 2010, chegaram a R$ 122 milhões dos recursos destinados a ações verticais, investidos em 685 projetos (38 editais e 23 encomendas).

Outros R$ 179 milhões, dos recursos destinados a ações transversais, foram investidos em 325 projetos (39 editais e 30 encomendas), para formação de recursos humanos (principalmente técnicos, pesquisadores e gestores de recursos hídricos), apoio a grupos de pesquisa emergentes e em consolidação, apoio a eventos técnico-científicos e publicações, fortalecimento de laboratórios e fomento à pesquisa.

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br

Clique na imagem e veja varias imagens sobre água para imprimir e usar na escola:



Dia Mundial da Água: Água potável é raridade em muitas partes do mundo

Escassez da água

O acesso à água potável ainda é um desafio diário para grande parte das populações do mundo.

Apesar das inúmeras fontes naturais de água no mundo - rios e lagos, em geleiras e aquíferos, chuva e neve - a quantidade de água que diferentes países conseguem extrair para fornecer a seus cidadãos varia bastante.

Um estudo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) identificou países em que a demanda por água excede a oferta natural do recurso.

Segundo a organização, os países onde isso acontece fazem maior pressão sobre as fontes de água doce.

Doce água

No topo da lista dos que mais utilizam o recurso está a península árabe, onde a demanda por água doce excede em 500% a disponibilidade na região.

Isso significa custos adicionais para que a água seja trazida de fora - por caminhões pipa ou aquedutos, ou através da dessalinização.

Países como o Paquistão, o Uzbequistão e o Tadjiquistão também estão muito próximos de utilizar 100% de sua oferta de água doce, assim como o Irã, que usa 70% de seus recursos hídricos.

De acordo com os dados da FAO, o norte da África é outra área sob pressão, em que a Líbia e o Egito particularmente são afetados. A região possui somente metade da água doce que os países consomem.

Água e população

Mas, a maior pressão sobre as fontes de água doce não está necessariamente nos lugares mais secos, mas nas regiões com o maior percentual da população global.

O sul da Ásia, por exemplo, consome quase 57% de sua água doce, mas abriga quase um terço da população mundial.

Situação que alterem a distribuição de água nessa região - causadas por mudanças climáticas, pelo aumento do número de terras irrigadas ou pelo aumento do uso geral de água, ameaçam a vida de bilhões.

No leste da Ásia o consumo proporcional é menor - os países da região usam em média apenas 20% das suas reservas hídricas. No entanto, um terço da população do mundo vive ali.

O Brasil consome 0,72% da sua água doce renovável ou 331,48 metros cúbicos por habitante a cada ano, segundo a FAO. No entanto, 0,4% são exclusivos para a agricultura.

Dia Mundial da Água: Água determinará localização de empresas no futuro
Daniel Mello - Agência Brasil - 22/03/2011


Estresse hídrico

A água deverá ser, no futuro, um fator determinante para a localização das empresas, avalia o professor da Universidade do Novo México (Estados Unidos), Raul Govêa.

"A realocação dessas atividades para as regiões intensivas de água, para mim, faz muito sentido", disse.

O professor destacou que atualmente a maior parte do parque industrial brasileiro está localizada na Região Sudeste, que sofre um "forte estresse hídrico".

A região concentra 43% da população brasileira, mas apenas 6% da água doce disponível no país. No Norte estão localizados 68% dos recursos hídricos nacionais e apenas 5% da população.

Realocação

Por isso, Raul acredita que haverá no futuro uma necessidade de deslocamento das atividades industriais no país.

Para ele, um movimento semelhante também deverá ocorrer em nível internacional, com as empresas mudando os pólos de produção para nações com maior disponibilidade hídrica. "Em algum momento, os países que têm água vão crescer a taxas maiores dos que não têm."

Em 2050, três quartos da população mundial sentirão os efeitos da falta de água, de acordo com o professor. Nesse contexto, Govêa lembrou que a posição do Brasil é privilegiada, com 12% da água doce de superfície e 30% das águas subterrâneas.

A exploração desses recursos tem de ocorrer, no entanto, seguindo normas que garantam a sustentabilidade dos empreendimentos. "Esse é o modelo de aceitação de investimento que a gente vai ter. E a penalidade vai ser muito alta se você em algum momento poluir esses rios", ressaltou Govêa, referindo-se especialmente à Região Norte.

Conservação da Amazônia

O professor avaliou que o desenvolvimento industrial com boas práticas pode ser benéfico para a conservação dos rios e matas da Amazônia.

"A Região Norte precisa criar empregos de alto nível de renda para que essas pessoas não se sintam levadas a começar a se engajar em atividades que não sejam tão sustentáveis assim", defendeu ao participar da Conferência Internacional Wits 2011 - Água, Inovação, Tecnologia & Sustentabilidade.

Ele lembra que existem poucas opções de renda para os moradores daquela região. "A gente quer que as pessoas lá tenham empregos mais dignos e um nível de renda mais alto, em uma região que é hoje a fronteira econômica do Brasil", afirma.

0 comentários:

Postar um comentário